O tempo passava e as histórias também. Às vezes mais depressa e às vezes mais devagar. E assim ela passava os dias à janela agasalhada com meias de histórias que aqueciam mais o coração do que os pés.
Lá fora via a chuva a cair sem antes tropeçar, via as pessoas que fugiam quando ninguém corria atrás delas e via o sol a brincar às escondidas quando ninguém contava até 10 para correr à sua procura.
Porque nem tudo tem uma razão, ela continuava a agasalhar-se com as suas meias mesmo quando a Primavera espreitava e o Verão chegava. Tinha medo que o frio entrasse pelos pés e constipasse a sua imaginação.
Ela sou eu e hoje, como sempre, estou a usar meias sem par. Cada uma tem uma cor e uma história diferente.
Se quiseres empresto-te.
Nita um dia vou perceber a tua obcessão por meias.
ResponderEliminarvolta e eu conto-te! mas volta!
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